sábado, 26 de setembro de 2009

Competitividade Empresarial

Sua empresa é competitiva? Já identificou quais são os fatores que a fazem competitiva ou não?
Uma empresa pode passar por situações rotineiras ou inovadoras, as definicões podem ser expressadas das seguintes formas:
Situação Rotineira - Quando a duração, método e custo de uma situação já são conhecidos e mensurados.
Situação inovadora - Quando a duração, método e custo não são conhecidos e sim planejados.

Tanto nas situações rotineiras como inovadoras a empresa precisa manter-se competitiva e isto pode ser resumido em 5 vantagens competitivas:

1-Qualidade
2-Velocidade
3-Confiabilidade
4-Flexibilidade
5-Custo

A empresa foca na qualidade quando não permite-se cometer erros ou retrabalhos, os funcionários devem estar muito bem treinados e motivados, o que nem sempre acontece, uma empresa ter funcionários mal treinados ou desmotivados é o primeiro passo para ter a sua qualidade prejudicada.
A competitividade caminha juntamente com a velocidade da empresa, a reação rápida e eficaz é um grande impulsionador do sucesso, quando uma fila está demorando o cliente não fica satisfeito, o mesmo ocorre com empresas, velocidade é fundamental para a satisfação do cliente.
Confiabilidade, quando se compra uma coca-cola, mesmo que no meio do deserto, espera-se que o gosto seja o mesmo, ok? Esta é a confiança que o cliente tem na marca da coca-cola, se a empresa conseguir fincar um Produto ou Serviço de confiança como a marca "Coca-Cola" estará a frente da concorrência.
Já imaginou se não fosse aplicada Flexibilidade no dia-a-dia do ser humano? Imagine um consultório médico, um clínico geral, ele realiza o planejamento do atendimento dos pacientes conforme um tempo médio pré-estabelecido, os casos atendidos variam bastante podem demorar de 30 minutos a 1,2 ou 3 horas, dependendo do caso este tempo não é exatamente previsível. O médico tem que ser flexível com relação ao horário de atendimento mas sem causar risco de morte a nenhum paciente, justamente como a empresa deve atender as solicitações do cliente, sem prejudicar a qualidade do resultado.
A empresa acima de tudo deve focar no lucro, o custo deve ser minimizado e preciso. Porque um mesmo carro é vendido em diferentes concessionárias com preços diferentes? Considerando que é o mesmo modelo, isto é otimização de processo, em alguma etapa de todo o ciclo a concessionária que vende mais barato o carro conseguiu reduzir o custo do produto final. O trabalho contínuo de melhoria de processo e um programa interno de redução de custo pode trazer bons frutos para a empresa.

A empresa que busca se tornar competitiva deve considerar todos estas 5 características, é importante lembrar que o resultado que toda empresa deseja é lucro e satisfação do cliente, obtendo estas duas façanhas o sucesso é consequência.

Enio Freitas

sábado, 19 de setembro de 2009

Marketing Pessoal e o "Algo Mais"

O mercado de trabalho se enriquece de profissionais qualificados de conhecimento técnico e idiomas, mas as empresas cada vez mais procuram profissionais que tenham o "algo mais"!
O que é este algo mais? É o diferencial que faz um profissional se destacar entre os concorrentes, relacionamento com os companheiros de trabalho pode ser um algo mais, rápida tomada de decisões pode ser um algo mais, ou simplesmente saber escutar as pessoas ou saber elogiar quando necessário, todas essas qualidades relacionadas ao relacionamento humano é considerado um algo mais.
Como demonstrar que você tem este algo mais?
Primeiro de tudo poderíamos começar pela nossa imagem exterior que é muito mais fácil de mudarmos do que a interior.
Já se olhou hoje? Já verificou como está sua aparência? Seu cabelo está bem cortado? Barba em feita? Neste corre-corre dos dias de hoje mal paramos para nos analisar, será que aparento ser atraente para as empresas? ou para as pessoas, e para a namorada? Qual a última vez que você cortou o cabelo? Você não está mais na faculdade, sua única preocupação não é o profesor de circuitos elétricos. Cabelo, barba e bigode devem estar 100% e demonstram higiene.
Apesar de todo este peso para a aparência devemos focar na mudança do nosso interior, qual foi a última mentira que você contou? Se você não lembra e nem tem idéia de quando mentiu este é um bom sinal de que está aplicando a verdade na sua vida.
O relacionamento com as pessoas pode ser polido seguindo aquelas velhas dicas que ouvimos quando crianças como:
Ouvir o que as pessoas tem a falar;
Não interromper uma conversa ou quando a pessoa está falando;
Avisar anteriormente uma visita ou uma reunião;
Falar pausadamente e de forma precisa;
Não guardar mágoas;
Não falar alto:
Falar sempre a verdade;
Manter a motivação profissional e pessoal;
Então sejamos verdadeiros, não guardemos mágoa, criemos nossa motivação e vamos motivar nossos colegas de trabalho.

Vamos buscar o nosso algo mais!!!

Enio Freitas

domingo, 30 de agosto de 2009

Motores Elétricos 1

A primeira aplicação do princípio de motor foi em 1821 na construção de um motor elétrico, por Michael Faraday, hoje os motores de indução possuem grande importância na área industrial, encontra-se um valor de 70 a 80% de energia elétrica consumida para transformação em energia mecânica. Existe uma grande vantagem em relação aos motores de corrente contínua, como o próprio sistema de distribuição ser em corrente alternada, baixo custo de manutenção e rendimento elevado para média e máxima carga.

Os motores elétricos estão divididos nas seguintes categorias:

Motores CC, Imã permanente;
Motores AC, Monofásico;
Motores AC, Polifásico;
Motores AC, Universal;

Para a escolha do motor adequado para a aplicação é necessário verificar as seguintes condições:

Tipo de fonte de alimentação (DC, CC, Monofásico, Polifásico);
Ambiente de utilização do motor (Devido à poluição sonora e etc);
Relação Binário(torque)/Velocidade;
Perspectiva econômica (Custo e Manutenção)
Acionamento (Posição, Binário, Velocidade, Corrente de Arranque);

A utilização dependerá também do tipo de carga que será acionada pelo motor, podem ser as seguintes:

Binário Variável (Ventiladores, Bombas, Compressores);
Binário Constante (Tapetes, bombas de pistão);
Potência constante (Enrolamentos, Laminadores, Tração Elétrica);


O Conjunto do motor elétrico, é constituído dos seguintes itens:

Estator ( Chapas feromagnéticas);
Bobinas
Rotor (núcleo ferromagnético)

Enio Freitas

Fonte: http://www.mecatronicaatual.com.br/secoes/leitura/305
Fonte: http://videos.howstuffworks.com/hsw/20931-physics-motor-effect-video.htm

sábado, 11 de julho de 2009

APQP-PPAP

O PPAP, Processo de Aprovação de Peças de Produção, é um processo derivado da fusão três grandes empresas automotivas, FORD, General Motors e Crysler. Após esta junção de idéias, todos os fornecedores destas empresas devem atender o processo de APQP-PPAP.

O PPAP pode ser divido em 18 itens descritos como:

1-Histórico do Desenho (Design Record) – O Time de Desenvolvimento tem a responsabilidade de distribuição e cópia do desenho, se for do cliente é emitido juntamente com a ordem de compra(Purchase Order). Se o Desenvolvimento for do fornecedor deve ser liberado juntamente com a entrega do projeto e sistema de liberação do fornecedor.

2-Documentação de Alteração de Engenharia (Authorized Engineering Change) – É o histórico de alterações, mantendo sempre a ligação da alteração com o Desenho Base. Esta documentação do fornecedor sempre em acordo com o cliente, com informações detalhadas da atualização do desenho.

3-Aprovação de Engenharia (Engineering Approval) – São os testes de Engenharia na planta do cliente com peças de produção para validação. Geralmente requerem desvio de Desenho por apresentar alterações.

4-DFMEA – São as análises do modo e efeito de falha do projeto. O cliente e fornecedor devem discutir e formalizar as conclusões destes itens a fim de evitar problemas futuros no projeto.

5-Diagrama de Fluxo de Processo – É um demonstrativo de todo o processo, do inicio até a entrega do produto. Com a indicação dos eventos em que se têm componentes novos.

6-PFMEA – São as análises do modo e efeito de falha relacionada ao processo. Indica todas as etapas e possibilidades de erro de processo não desejadas. Devem ser de análise do cliente e fornecedor.

7- Plano de Controle – Originado da análise do PFMEA realizado pelo cliente e fornecedor, visa indicar melhorias futuras para deixar o processo mais robusto.

8- Estudos da análise do Sistema de Medida – Conhecido também como MSA, possui as configurações para as características críticas e o modo de calibragem para medir estas características.

9- Resultados Dimensionais – É uma lista que descreve as características do produto, a especificação, os resultados de medida e a exibição da aprovação ou não conforme desenho e processo. Para cada produto ou combinação de processos é relatado um mínimo de seis partes.

10- Registros de Material / Teste de Desempenho – Os registros de Material / Desempenho devem atender as exigências requeridas pelo cliente. Estas exigências devem estar organizadas em forma relatório geralmente chamado de DVP&R(Design Verification Product Report) sempre com as referencias das especificações exigidas pelo cliente. Posteriormente aos testes de validação este documento será assinado pela Engenharia do Cliente e Fornecedor.

11- Estudos do Processo Inicial - É a elaboração e distribuição das cartas estatísticas do controle de processo que afetam as características mais críticas. O objetivo é acompanhar e comprovar que as características mais críticas estão estabilizadas.

12- Documentação dos Laboratórios Selecionados – Devem ser registradas e distribuídas entre as Engenharias de Cliente e Fornecedor os resultados / cópias dos testes exigidos pelo projeto.

13- Relatório de Aprovação de Exigência – Distribuição da cópia do relatório de aprovação de aparência do formulário AAI( Inspeção de aprovação de aparência) aprovado e assinado pelo cliente. Somente aplicável a alterações / Componentes que afetam a aparência do produto.

14- Amostra das partes de produção – Produção de amostras do mesmo lote da produção inicial.

15- Amostra Mestra – Amostra avaliada e aprovada pelo cliente e fornecedor. A peça utilizada como referência para treinamentos subjetivos, como auxílio visual e de ruído.

16- Verificações Adicionais – Quando existem peças especiais para verificação do produto, estas devem ser relatadas com fotos e medidas de calibração.

17- Exigências específicas do cliente – Todo cliente pode incluir nas exigências de PPAP desejos e melhorias do mesmo. A fim de melhorar o processo e produto final.

18- Certificado de Submissão de Peça (PSW) – Formulário que descreve de forma objetiva todos os itens do processo de PPAP. Indica o motivo da alteração e as bases modificadas para o novo produto. Se existir algum desvio este deve estar descrito no formulário ou não ser emitido o PPAP.

O processo de APQP-PPAP traz grandes benefícios como melhoria da logística e redução de custos agregados ao Produto/Processo, Reduzindo desperdícios de material e Man-Hour com itens previamente diagnosticados.

Fonte:
http://www.ppap.com.br
http://www.softexpert.com.br/apqp-ppap.php

segunda-feira, 15 de junho de 2009

DFMEAxPFMEA

Produto não atende as necessidades, problema de desenvolvimento ou manufatura? As respostas esperadas podem se encontrar em um DFMEA(Análise de modo e efeito de falha de Design/Projeto) e PFMEA(Análise de modo e efeito de falha de Processo) robustos e sempre alimentados. No dia-dia da Engenharia de produto não faltam oportunidades para fortalecer tais documentos, todo problema por mínimo que se apresente pode ser analisado e encaixado nos FMEAs.

Um possível problema que pode ocorrer nos produtos finais é quando a equipe de Desenvolvimento não conhece o FMEA de processo e vice versa, pois o detalhe que deixa o produto final reforçado para a equipe de desenvolvimento pode causar problemas na manufatura do produto, por outro lado à manufatura deve estar sempre alerta a informar possíveis melhorias no processo e em conjunto com a equipe de desenvolvimento programar a implementação de tal item se for possível.

É de grande valia a participação de um integrante da equipe de manufatura no DFMEA de um projeto novo como também a participação de um engenheiro de desenvolvimento nas reuniões de PFMEA para integração das duas equipes e cruzamento amigável dos objetivos de ambas as partes. É imprescindível para o Time de Engenheiros Desenvolvedores compreenderem todo o processo e as conseqüências na manufatura de cada característica do produto projetado tanto quanto é indispensável que a Engenharia de Processo conheça bem o Produto.

Enio Freitas

domingo, 14 de junho de 2009

ISO TS 16949

A norma ISO TS 16949 é mundialmente aplicada nas empresas do setor automotivo, criada pela IATF, Força Tarefa Internacional Automotiva, grupo que reúne as maiores forças da indústria do campo automobilístico como General Motors, Ford, Fiat e etc.

Esta vem por meio de procedimentos e regras melhorar os produtos da área automotiva tanto nas montadoras como nos fornecedores que produzem as peças especificadas/solicitadas que formam o veículo, composta de requisitos de qualidade baseados em normas como ISO 9001:2000 e QS9000, a ISO TS busca orientar as empresas automotivas a excelência e melhoria contínua.

As empresas se certificando na ISO TS poupam esforços com auditorias internas específicas com cada cliente, ficam certificadas para atender qualquer cliente automotivo, as empresas certificadas obtém vantagens comerciais por serem mais confiáveis e tantas outras exigências do mercado.

Qualquer empresa que deseje crescer no ramo automotivo terá de se manter certificada na norma ISO TS 16949 para poder sobreviver ao mundo competitivo do mercado automotivo, pois com esta certificação padronizada mundialmente cria-se um circulo de confiança entre montadoras e fornecedores referente a qualidade de produto e processo.

Fonte de pesquisa: http://www.bureauveritas.com.br/wps/wcm/connect/bv_br/Local/Home/bv_com_serviceSheetDetails?serviceSheetID=2032&siteID=6&industryID=-1&serviceCategoryID=2&preciseObjectID=-1&divisionID=-1&businessScopeID=-1

Ações de VA/VE

Com a eventual queda na venda de carros decorrentes do mau momento que passa a economia mundial, as empresas do segmento automotivo são induzidas a programar ações de redução de custo, exigindo mais eficácia da engenharia que fica entre reduzir custos e garantir a qualidade esperada do produto, assim começou a aplicar um método denominado de VA/VE, Valor de análise/ Valor de Engenharia, buscando de alguma maneira diminuir os custos.

A busca pela redução de custo pode se tornar um péssimo aliado e é necessário que qualquer ação de VA/VE seja analisada não somente pelo fator custo, mas também pela melhoria de processo e qualidade do produto. A atualização do produto por motivos de custo pode ser uma oportunidade de se obter uma porcentagem maior de eficiência do mesmo, pois nesta situação os olhos da engenharia se abrem para novas perspectivas.
Podem-se descrever alguns passos para uma eficaz análise:

1- Conheça o produto, não somente o final, mas como todo o mapa de sub-componentes que formam o conjunto.
2- Conheça o processo dos seus fornecedores, entenda suas dificuldades e possibilidades de melhorias, muitas vezes problemas no fornecedor "x" já foram solucionados no fornecedor "y" que você presenciou.
3- Não crie ações de melhoria imaginárias, o produto possui limitações ligadas a sua função ou valor.
4- Focalize em um produto específico, execute uma pesquisa com todos os possíveis fornecedores deste e talvez você encontre a solução de um problema antigo somado a uma redução de custo.
5- Realizar um Benchmark, a concorrência pode estar utilizando um item que pode ser sua solução.
6- Integre sua Engenharia de produto com sua Engenharia de Processo, desse encontro podem sair várias idéias e soluções.

Aplicar sabiamente ações de VA/VE pode ser uma decisão difícil, pois a eficácia na engenharia pode ser confundida com redução na qualidade do produto. Uma boa ajuda na hora das decisões é uma visita ao DFMEA e ao Histórico de Qualidade, que pode alertar para ações de resultado já conhecido e evitar problemas.