segunda-feira, 15 de junho de 2009

DFMEAxPFMEA

Produto não atende as necessidades, problema de desenvolvimento ou manufatura? As respostas esperadas podem se encontrar em um DFMEA(Análise de modo e efeito de falha de Design/Projeto) e PFMEA(Análise de modo e efeito de falha de Processo) robustos e sempre alimentados. No dia-dia da Engenharia de produto não faltam oportunidades para fortalecer tais documentos, todo problema por mínimo que se apresente pode ser analisado e encaixado nos FMEAs.

Um possível problema que pode ocorrer nos produtos finais é quando a equipe de Desenvolvimento não conhece o FMEA de processo e vice versa, pois o detalhe que deixa o produto final reforçado para a equipe de desenvolvimento pode causar problemas na manufatura do produto, por outro lado à manufatura deve estar sempre alerta a informar possíveis melhorias no processo e em conjunto com a equipe de desenvolvimento programar a implementação de tal item se for possível.

É de grande valia a participação de um integrante da equipe de manufatura no DFMEA de um projeto novo como também a participação de um engenheiro de desenvolvimento nas reuniões de PFMEA para integração das duas equipes e cruzamento amigável dos objetivos de ambas as partes. É imprescindível para o Time de Engenheiros Desenvolvedores compreenderem todo o processo e as conseqüências na manufatura de cada característica do produto projetado tanto quanto é indispensável que a Engenharia de Processo conheça bem o Produto.

Enio Freitas

domingo, 14 de junho de 2009

ISO TS 16949

A norma ISO TS 16949 é mundialmente aplicada nas empresas do setor automotivo, criada pela IATF, Força Tarefa Internacional Automotiva, grupo que reúne as maiores forças da indústria do campo automobilístico como General Motors, Ford, Fiat e etc.

Esta vem por meio de procedimentos e regras melhorar os produtos da área automotiva tanto nas montadoras como nos fornecedores que produzem as peças especificadas/solicitadas que formam o veículo, composta de requisitos de qualidade baseados em normas como ISO 9001:2000 e QS9000, a ISO TS busca orientar as empresas automotivas a excelência e melhoria contínua.

As empresas se certificando na ISO TS poupam esforços com auditorias internas específicas com cada cliente, ficam certificadas para atender qualquer cliente automotivo, as empresas certificadas obtém vantagens comerciais por serem mais confiáveis e tantas outras exigências do mercado.

Qualquer empresa que deseje crescer no ramo automotivo terá de se manter certificada na norma ISO TS 16949 para poder sobreviver ao mundo competitivo do mercado automotivo, pois com esta certificação padronizada mundialmente cria-se um circulo de confiança entre montadoras e fornecedores referente a qualidade de produto e processo.

Fonte de pesquisa: http://www.bureauveritas.com.br/wps/wcm/connect/bv_br/Local/Home/bv_com_serviceSheetDetails?serviceSheetID=2032&siteID=6&industryID=-1&serviceCategoryID=2&preciseObjectID=-1&divisionID=-1&businessScopeID=-1

Ações de VA/VE

Com a eventual queda na venda de carros decorrentes do mau momento que passa a economia mundial, as empresas do segmento automotivo são induzidas a programar ações de redução de custo, exigindo mais eficácia da engenharia que fica entre reduzir custos e garantir a qualidade esperada do produto, assim começou a aplicar um método denominado de VA/VE, Valor de análise/ Valor de Engenharia, buscando de alguma maneira diminuir os custos.

A busca pela redução de custo pode se tornar um péssimo aliado e é necessário que qualquer ação de VA/VE seja analisada não somente pelo fator custo, mas também pela melhoria de processo e qualidade do produto. A atualização do produto por motivos de custo pode ser uma oportunidade de se obter uma porcentagem maior de eficiência do mesmo, pois nesta situação os olhos da engenharia se abrem para novas perspectivas.
Podem-se descrever alguns passos para uma eficaz análise:

1- Conheça o produto, não somente o final, mas como todo o mapa de sub-componentes que formam o conjunto.
2- Conheça o processo dos seus fornecedores, entenda suas dificuldades e possibilidades de melhorias, muitas vezes problemas no fornecedor "x" já foram solucionados no fornecedor "y" que você presenciou.
3- Não crie ações de melhoria imaginárias, o produto possui limitações ligadas a sua função ou valor.
4- Focalize em um produto específico, execute uma pesquisa com todos os possíveis fornecedores deste e talvez você encontre a solução de um problema antigo somado a uma redução de custo.
5- Realizar um Benchmark, a concorrência pode estar utilizando um item que pode ser sua solução.
6- Integre sua Engenharia de produto com sua Engenharia de Processo, desse encontro podem sair várias idéias e soluções.

Aplicar sabiamente ações de VA/VE pode ser uma decisão difícil, pois a eficácia na engenharia pode ser confundida com redução na qualidade do produto. Uma boa ajuda na hora das decisões é uma visita ao DFMEA e ao Histórico de Qualidade, que pode alertar para ações de resultado já conhecido e evitar problemas.